tag:blogger.com,1999:blog-8059352799742796957.post464573579815424897..comments2023-07-01T09:48:45.498-07:00Comments on Domenico Losurdo: Domande e risposte su StalinDomenico Losurdohttp://www.blogger.com/profile/12496525651130120362noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-8059352799742796957.post-12049032940111270722011-06-04T06:17:09.804-07:002011-06-04T06:17:09.804-07:00Questão de atitude. Existe sempre matéria factual,...Questão de atitude. Existe sempre matéria factual, ou o que se apresente como isso, a que se torna talvez de todo impossível dar uma resposta cabal, “para além de todo a dúvida razoável”. Em suma: se alguém for capaz de responder a 1000 questões sobre Estaline, podemos ter a certeza de que surgirá sobre Estaline uma questão nº 1001, essa sim definitivamente incriminatória…<br />Assim, e sobretudo do ponto de vista das questões de interpretação global do “fenómeno Estaline”, retenho cruciais quatro coisas: 1) O reconhecimento da excepcionalidade do dito fenómeno, tendo em conta a extrema dureza ambiental geral, a violência das agressões externas, o ambiente de guerra civil na origem e a prolongada guerra civil larvar subsequente, o próprio atraso económico de que se partiu e a necessidade de o ultrapassar rapidamente, etc. Apesar de vários outros autores terem formulado o problema mais ou menos desta maneira (cf. Jean Ellenstein), creio que a sua, Professor Losurdo, fornece quanto a isso um enquadramento geral propiciador de um balanço verdadeiramente equilibrado - que é, por definição mesmo, o objectivo dos balanços dignos desse nome - dos assuntos em questão.<br />2) Mais importante ainda é talvez a sua atitude de oposição às tendências para um “regresso à pureza original” nos debates entre correntes marxistas. Na verdade, a enorme carga messiânica, apocalíptica, milenarista, inegavelmente presente na história do marxismo, e em particular das correntes comunistas, foi um obstáculo tremendo a uma abordagem realista dos factos, sobretudo dos factos políticos. Mais ainda: induziu por si mesma um maior nível de violência, tal como um ambiente de acusações e suspeições generalizadas entre várias facções… Um nível demasiado elevado de expectativas conduz, de facto, não raro a práticas suicidárias - e a isso tudo teve o “estalinismo” de fazer finalmente frente, e de superar. Se nem sempre o fez da melhor forma… bom, as tentativas de emancipação do género humano não devem ser consideradas um caso de prêt-à-porter… As experiência humanas, todas as experiências humanas, devem ser consideradas de forma prospectiva, lendo-as como um processo interminável de aprendizagem, e não recalcadas, ou envoltas em lenda, “apagadas” da memória, etc. Evidentemente, a atitude de rejeição em bloco do “estalinismo” e de procura do “regresso à pureza original” em nada contribui para resolver problemas, apenas para os agravar.<br />3) Por comparação com casos anteriores de derrota ou “atraiçoar” de revoluções, o caso Stalin parece dever ser considerado algures a meio caminho do caso da França de Bonaparte - aqui houve um isolamento internacional e uma redução à condição de “rogue state”, mas em menor grau, e a “normalização” correspondeu de facto, em boa medida, a um “traição” (se bem que apenas parcial, mesmo aí) – e o caso do Haiti, em que as inovações revolucionárias mais radicais (em particular, a abolição da escravatura) foram mantidas, mas o isolamento internacional foi maior, desembocando num colapso civilizacional generalizado. Por comparação com ambas estas experiência, a Rússia de Stalin parece adquirir claras características de “meio termo” virtuoso, de juste milieu…<br />4) Finalmente, uma interrogação. A aprendizagem interminável a que aludi em 2) deve interpelar-nos também quanto ao sentido (ou não) de rotulagens políticas não apenas de “estalinismo”, mas mesmo outras como “marxismo” e “comunismo”… ou à possibilidade ou conveniência da sua superação históricas. Ser a favor do sufrágio universal, do imposto progressivo ou da abolição da escravatura equivaleria, durante o século de oitocentos, sem dúvida a ser “jacobino”. Mas o jacobinismo tinha sofrido uma derrota tão profunda, tinha sido objecto duma diabolização tão inapelável, que essa ideias só puderam voltar a emergir sob outras designações: “democracia”, “radicalismo”, “socialismo”, “comunismo”, etc. – mas já não, de todo não, “jacobinismo”. Por analogia, que dizer quanto a isto do “fenómeno comunista”?<br />Saudações cordiais.<br />Lisboa, 4/6/2011,<br />João Carlos GraçaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8059352799742796957.post-43329539335859647022011-06-03T03:44:40.052-07:002011-06-03T03:44:40.052-07:00Spesso si usa il termine di "masse" per ...Spesso si usa il termine di "masse" per comodità, e in certi contesti può essere giusto. In altre circostanze, però, parlare genericamente di "masse" può risultare semplicistico: ci sono classi e categorie sociali specifiche, livelli diversi di coscienza, di istruzione(appunto) etc. Per quanto riguarda la rivoluzione russa, è chiaro che, a mio parere, si fece leva su settori di classe specifici, politicizzati e fortemente coscienti (le officine e le caserme, il "nervo della vita" secondo Lenin) ma si seppe parlare anche alle "masse" più in generale. La pace ai popoli, la terra ai contadini, confisca dei profitti, repressione del sabotaggio era un programma immediato ben comprensibile anche agli analfabeti.<br /><br />A.PeruzziAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8059352799742796957.post-47180135236867665802011-06-02T11:42:52.025-07:002011-06-02T11:42:52.025-07:00le masse: esse si rivelano inguaribilmente semplic...le masse: esse si rivelano inguaribilmente sempliciotte, sempre incapaci di comprendere nei momenti decisivi i loro reali interessi, ogni volta inclini a consegnare il loro destino nelle mani di avventurieri».<br /><br />ogni volta no, ma nel caso della Rivoluzione Russa si partiva da un paese col 90% di analfabeti, è difficile negare che furono i dirigenti a indirizzarla....Anonymousnoreply@blogger.com